Ipaam e Faea discutem avanços para o setor primário do Amazonas

Ipaam e Faea discutem pautas como CAR, regularização fundiária e agroindústria artesanal de alimentos

Reunião contou com a presença de autarquias estaduais e federais ligadas aos processos de regularização do setor

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), representado pelas diretorias técnica, jurídica e financeira do órgão, esteve reunido na sede do Ipaam, nesta quinta-feira (28/04), com o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, para tratar do avanço de pautas do setor primário do estado.

A reunião foi dividida em três ocasiões para dinamizar as tratativas que refletem em diferentes esferas do ramo ambiental, agrícola e pecuário, contando com a presença de órgãos ligados aos processos como as Secretarias Estaduais de Meio Ambiente (Sema) e de Produção Rural (Sepror), o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Amazonas (Idam) e a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf).

Para a diretora técnica do Ipaam, Wanderléia Salgado, a reunião abre espaço para o diálogo, propiciando um maior dinamismo para a execução das atribuições de cada órgão diante do setor primário.

“Eu posso dizer que essas reuniões deveriam acontecer mais vezes, porque temos aqui a oportunidade de várias instituições poderem conversar, tirar suas dúvidas e isso torna mais fácil o entendimento e melhora nossa eficiência nesse tipo de trabalho, que é uma prioridade e uma agenda positiva”, enfatizou.

Órgãos articulam estratégias para aceleração do CAR no Amazonas

Cadastro Ambiental Rural — As discussões tiveram ênfase para a celeridade de finalização dos CAR’s (Cadastro Ambiental Rural) no estado, debatendo estratégias para diminuição do tempo de resposta dos órgãos e descongestionamento de processos. A meta até dezembro deste ano é de que 2 mil cadastros estejam finalizados e sem pendências.

O estado conta, atualmente, com apoio de projetos e parcerias para aceleração do CAR, como o Paisagens Sustentáveis e o Projecar, possuindo foco ao sul do Amazonas, área afetada pela incidência de crimes ambientais, e outros 36 municípios.

Com a presença do superintende regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), João Batista Jornada, as autarquias definiram atuações para evoluir o ritmo dos processos de CAR, como apoio ao Incra com consultores da Agência de Cooperação Alemã (GIZ) para regularização.

Além disso, a Gerência de Controle Agropecuário (GCAP) do Ipaam, reforçou a tática de comunicação após a retificação do CAR, realizada pelo Idam, para que o Instituto prossiga a análise.

Segundo Muni Lourenço, a projeção de cadastros finalizados no setor primário é um dos passos para garantir desenvolvimento da comercialização ambientalmente segura e responsável, criteriosamente exigida pelo mercado atual.

“A gente tem verificado que cada vez mais o sistema financeiro, bancos, compradores de produtos nacionalmente e fora do país, estão exigindo isso. É separar o joio do trigo. E essa conclusão da análise dos CAR’s vai deixar bem claro quem está regularizado ambientalmente para não ter problemas de comercialização da produção”, explicou Lourenço.

Avanço do setor primário amazonense é tema de reunião entre Ipaam, Faea e demais órgãos estaduais e federais

Outros encaminhamentos — Agropecuaristas da região de Boca do Acre também trouxeram suas demandas para encaminhar possíveis soluções com o Incra e Ipaam, que a partir de então estarão em análise.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amazonas (Sebrae-AM) e o representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Vinicius Picanço, apresentaram, ainda, pautas sobre a agroindústria artesanal de alimentos e consolidaram o apoio do órgão para o licenciamento da atividade, incentivando, dessa forma, demais empreendedores do ramo a buscarem a regularização ambiental.

FOTOS: José Narbaes/Ipaam
TEXTO: Jeovana Torres