Operação Tamoiotatá 2 combate crimes ambientais no sul do Amazonas

Já na sétima fase, a Operação Tamoiotatá continua atuando contra crimes ambientais no sul do estado.

Fiscais apreenderam maquinário e armas de fogo; e detiveram dois homens suspeitos de desmatamento ilegal 

Durante diligências da Operação Tamoiotatá 2, na semana passada, dois homens foram detidos, suspeitos de participação em desmatamentos ilegais em municípios do sul do Amazonas. Uma das ações criminosas ocorreu na Floresta Estadual Tapauá, Unidade de Conservação do Estado situada no território do município de Tapauá (a 449 quilômetros de Manaus).

As equipes chegaram até o local após o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) identificar pontos de desmatamento na localidade, por meio do Sistema de Identificação de Desmatamento (SID).

A operação integrada está em atuação desde abril deste ano.

Na localidade, a equipe encontrou um trator de esteira adaptado para desmate, escavadeira, motosserra e espingarda ilegal e três GPSs usados para identificar locais para possíveis crimes ambientais. Um homem que estava na área, foi detido.

O segundo suspeito foi detido em Canutama (a 619 quilômetros de Manaus), por posse e porte ilegal de arma de fogo. Ambos foram encaminhados à Delegacia de Humaitá (localizada a 590 quilômetros da capital), assim como os materiais apreendidos.

Durante as ações também foi identificado a abertura e manutenção de ramal clandestino em direção à sede do município de Tapauá. Em todos os casos foram lavrados autos de infração e termo de apreensão dos equipamentos que estavam sendo usados para a prática de crime ambiental.

Para o gerente de Fiscalização do Ipaam, Gelson Batista, essa época do ano requer o fortalecimento e instrumentalização das equipes de campo para fins de neutralizar ou mesmo dissuadir crimes ambientais relacionados ao desmatamento ilegal na região do sul do Amazonas.

“Com o período de estiagem na Amazônia é comum aumentar o número de desmatamento ilegal, principalmente nessa área do sul do Amazonas onde já podemos considerar a existência de uma quadrilha de grileiros vindos de Rondônia, que estão comerciando terras da União e induzindo a degradação ambiental na região sul do estado, como no município de Canutama, por exemplo”, detalhou.

Floresta Estadual de Tapauá

A Floresta Estadual de Tapauá é uma das 42 Unidades de Conservação Estaduais geridas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). As ações de combate a crimes ambientais nas áreas protegidas são realizadas com apoio do Ipaam e dos órgãos de segurança pública do estado.

Operação integrada

Operação Tamoiotatá 2 combate crimes ambientais no sul do Amazonas

A operação Tamoiotatá tem atuado, desde abril deste ano, contra crimes ambientais no sul do Amazonas – região considerada de maior vulnerabilidade para o avanço do desmatamento e das queimadas ilegais no estado.

Fazem parte da força-tarefa equipes do Ipaam e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), integradas à Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).

Da SSP-AM, o efetivo de campo conta com equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), da Defesa Civil do Amazonas, do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) da Polícia Militar e da Polícia Civil (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema).

Participam, ainda, a Secretaria Executiva-Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi), a Secretaria Executiva Adjunta de Operações (Seaop) e a Secretaria-Executiva-Adjunta de Inteligência (Seai).

A operação também conta com a parceria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Rodoviária Federal (PRF-AM), Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Federal, Ibama e ICMbio.

Tamoiotatá

Operação Tamoiotatá 2 combate crimes ambientais no sul do Amazonas

A Operação Tamoiotatá está inserida no Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas no Amazonas (PPCDQ-AM), que visa orientar a segurança ambiental no biênio 2020-2022, com o objetivo de frear o desmatamento ilegal no Amazonas e incentivar, a longo prazo, o uso sustentável dos recursos naturais, com ênfase nas áreas críticas de desmatamento e queimadas. Atualmente a operação encontra-se em sua sétima fase de atuação.

TEXTO: Andréia Farias

FOTOS: Divulgação/Ipaam