UEA e Ipaam certificam primeira turma de conciliadores e mediadores ambientais do Amazonas

O objetivo é capacitar os profissionais para criarem e implantarem um Núcleo de Educação, Mediação e Conciliação Socioambiental

 

Trinta e quatro técnicos estão aptos a auxiliar na área de conciliação e mediação socioambiental. Eles receberam, nesta quinta-feira (25/08), a certificação do curso de “Iniciação à Mediação em Conflitos Ambientais”, coordenado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam). A solenidade de entrega dos certificados ocorreu na sede do Ipaam, na avenida Mário Ypiranga, 3.280, Flores.

O curso foi realizado de forma virtual, no período de 8 a 19 de agosto de 2022, para advogados, psicólogos e técnico-administrativos do Ipaam, ministrado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e organizado pelo Doutorado Interinstitucional de Direito e Clínica de Mecanismos de Soluções de Conflitos (MArbiC/UEA). O objetivo foi capacitá-los na área jurídica e administrativa, para que possam criar e implantar um Núcleo de Educação, Mediação e Conciliação Socioambiental (NEMCS-UEAIpaam).

O núcleo irá aprofundar os estudos e pesquisas nas áreas de conciliação e mediação socioambientais, além de desenvolver a prática jurídica, promover a capacitação e qualificar recursos humanos para uma atuação comprometida com a conciliação e mediação, em especial os conflitos socioambientais que envolvem empresários do ramo florestal, povos indígenas e comunidades tradicionais do Amazonas.

Para o reitor da UEA, Prof. Dr. André Zogahib, quando as políticas públicas são realizadas de maneira eficaz, é comprovado, cientificamente, que elas legitimam a presença do estado. “Parabenizo a iniciativa do IpaamE a UEA está de braços abertos para ajudar no processo de desenvolvimento econômico do Amazonas, mas sem esquecer de um aspecto mais importante que é a sustentabilidade”, afirmou o reitor.

O diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, ressalta que a instituição teve a oportunidade de ser o laboratório da construção de mediadores de conflitos ambientais desses renomadíssimos professores doutores. “Hoje, nos consolidamos como uma estrutura extensiva de todo o trabalho realizado por professores e, agora, membros mediadores. Tudo o que construímos no estado é grande e posso dizer que seremos a maior turma de mediadores de conflitos do país”, reforçou.

Mediação

Para o doutorando e professor da UEA Denison Aguiar, é necessário que se tenha um processo de formação de mediadores com perfil para compreender os problemas da Amazônia, pois eles são facilitadores da resolução de conflitos específicos e endógenos desta região. “Nosso perfil de mediação tem que seguir os parâmetros legais, mas também é importante que tenha um perfil regionalístico”, frisou.

A professora Adriana Lima, doutoranda da Dinter da UEA/UFMG, reforça a importância de a universidade instrumentalizar, de maneira técnico-científica e prática, os assessores jurídicos e técnico-ambientais do Ipaam. “É importante para levar inovações da legislação ambiental para que o Ipaam possa se instrumentalizar cada vez mais, de forma científica, dentro da sua técnica e prática diária de fiscalização, controle e monitoramento ambiental”, destacou.

 

 

TEXTO: Ascom/UEA

FOTOS: Sephora Melo/Ipaam